A noite de ontem ficou marcada por uma recta final com uma valente troca de ideias, no entanto há que fazer ver alguns pontos de vista.
Alguém disse “O sistema português de saúde é dos melhores do mundo”. Portanto, e de acordo com o “pasquim” Expresso, não sei se conhecem ou se é suficientemente credível para que nele possam acreditar, “Portugal em 19.º lugar no "ranking" da Saúde na Europa” [Expresso]. É caso para dizer que o sistema português de saúde é o melhor, só atrás da Áustria, Holanda, França, Suíça, Alemanha, Suécia, Noruega, Finlândia… bem, de quase toda a Europa, mas podemos agradecer aos céus por não vivermos na Letónia.
Outro ponto de discussão foi entre o sector privado e público de medicina. Vou cingir-me ao que já passei ou que amigos e familiares passaram, e reconheço que não há comparação entre o sector público e privado nos serviços de oftalmologia, medicina dentária e cirurgia. Logo me disseram, “ah e tal, mas esses exemplos são maus exemplos” Arrebenta a bolha, que com esses argumentos não brincamos mais, esses não valem.
Meus amigos, os enfermeiros não são todos trabalhadores excepcionais e que dão 100%, tal como não são todos carniceiros que não mexem um cu. Como em tudo na vida, há bons e maus profissionais, e o mesmo ocorre com engenheiros, médicos, gestores, carpinteiros e afins…
Tenho dito.
Um comentário:
Muito se poderia dizer deste tema. Realmente, no meio de 29, estarmos pouco abaixo do meio da tabela é, por si só, uma surpresa.
Temos o serviços entupidos por gente que não é, nunca foi e dificilmente será, civica e respeitadora do direito e deveres comuns numa sociedade.
São estas mesmas pessoas que, devido à idade e à (falta) de educação, andam na estrada em sentido contrário, não pagam os impostos, deitam o lixo para o chão, cospem na rua sem dó nem piedade, passam à frente de todos que estão na fila, queixam-se de reformas miseráveis mesmo que nunca tenham descontado o real valor do seu ordenado, e vão ao hospital porque têm uma ligeira dor de cabeça porque estão mais constipados que há dois dias atrás. No entanto, os medicamentos que o médico receitou são tomados conforme a sua bela vontade, não seguindo conselhos, indicações terapeuticas ou outros que tais. "Eu é que sei de mim, mas a culpa é dos outors".
Sou dador de sague e, como tal, tenho regalias no atendimento hospitalar (isenção das taxas moderadoras e enventuamente alguma facilidade em ser atendido). Ora, como é hipócrita que haja pessoas que usam e abusam do sistema nacional de saúde e ainda refilam com esta "facilidade" a quem é dador ou seja lá oq ue for?
Outra situação prende-se com o factor "médico+laboratórios=medicamentos para tudo e pra nada". O exagero de importância do papel do médico e o número abissal de maus trabalhadores do SNS (da bae ao topo, passando pelas cunhas) levam a um serviço geralmente mal feito, mal encamihado, mal atendido e completamente desviante do que deveria acontecer.
Muito bem estamos nós, visto o cancro que são os trabalhadores e utentes do SNS...
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